quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Da teimosia

- Mãe! Mãe! Um eléco (um elétrico, claro)
- Não é, filho, é um autocarro.
- Não! Eléco!
- Não é, filho, este é um autocarro!
- (já a choramingar)Eléééco!
- Está bem, pronto, é um elétrico.
(silêncio)
- Mãe!
- Diz, filho.
- Não, num é.

Da sacanice

Contexto: Estava «de castigo», sem direito a chucha, por tê-la atirado para o chão (a primeira coisa que faz, brusco, quando é contrariado).
- Mamã! Chuchinha.... Papá! Chuchinha....
Perante as negativas, a ideia brilhante: atirou-se literalmente para o chão e começou a choramingar. O pai pegou-lhe ao colo. «Dói», diz, muito pesaroso, de mão na cabeça.
-Dói, filho?
- Sim! Chuchinha?

E ainda...

Contexto: De castigo, sem direito ao muito amado folheto de brinquedos do Continente.
- Mamã? Popota... Mamã! Popota...
Perante as negativas, o último recurso, para ele que não é nada beijoqueiro (mas aprendeu há coisa de uma semana a dar beijinhos a sério): estendeu-me os braços, ternurento, agarrou-me a cara, espetou-me um beijinho muito sonoro e depois, com o risinho mais charmoso do mundo:
- Popota!
Desatei a rir e ele achou por bem acompanhar-me as gargalhadas, até que começou a achar riso a mais:
- Popota?
- Não, filho.
Aqui entra a cara mais surpreendida de sempre, tipo «como não? depois disto tudo???)» eheheh